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segunda-feira, 12 de abril de 2021

Sem mais

Tristeza deixaste
Quando a porta fechaste
Em busca de paz.

Arranca, minha criança

Coragem, minha criança!
Faltam quantos segundos
Pra ver sua vida passar?
As janelas fechar?
Aquele trem não pegar?
A paisagem não ver?
Ao seu lado
Quantos toques não tocados
Beijos não beijados?
Arranca, minha criança,
Aí de dentro a força
De viver sem meias lembranças.



El amor

El amor me ha hecho volar
A creer tanto hasta partir
A atravesar un continente
A conocer toda la gente
A derretirme de compasión

El amor me enseñó a hablar
Me llenó de sabores
Amargos y picantes
De besos
Tan certeros
Como cálidos
Silenciosos y distantes

El amor me ha dado un latir de vida
Y me lo ha quitado
Me ha permitido sonreir
Y a sentir los árboles moviendose
El dolor de no tener salida
De no poder moverme 
Como ellos

Me llevó lejos de quien amaba
Cerca de quien me hizo sangrar
Me puso en una pelicula
A ver el sol ponerse
en silêncio
El más ensordecedor que he oido
Con manos y corazones abrazados
Paradójicamente
Despertando mis miedos más sombrios

El amor me dejó el pecho abierto 
Bajo la luna que me hacia el conteo de las horas
Una cascada a la cual solo yo podría contener
Y en medio de dolor y lagrimas
El amor me regaló también coraje
Para veer cosas lindas
Probar cosas ricas
Y por fin volver a mi misma

En un avión
Para morir con esta historia
Arrancar del pecho los gritos
Escuchar finalmente a mis instintos
Dejarle sole
Cómo debió haber sido
Desde el principio
Y de ahí lentamente renacer. 



Fusão

Te olhei. Deitada, você sorria pra mim. Me observava, curiosa. Um pouco nervosa. Com vontade. Te beijei devagar. Molhei teus lábios, senti sua saliva. Na sua boca, o cais do mar onde eu iria mergulhar. Deslizei meus dedos pelo teu corpo, ergui sua blusa. Senti a delicadeza quente do seu ventre. A maciez que convidava minhas mãos. Segui. Te envolvi nos braços, beijando a boca. Tirei a blusa, seu sutiã. Você riu da minha habilidade. O universo ali se fez, entre o seu sorriso e o meu. Contemplei seu corpo, com fome. Beijei seus seios, lentamente. Me perdi neles. Não queria mais sair. Mais de você havia. Minha mão procurou suas pernas. Tirei sua calça, meus olhos presos nos seus, nossos sorrisos bobos. De quem relembra um passado inexistente. De quem quer que o tempo pare; que essa noite nunca acabe. Voltei pra perto, senti saudade. Inspirei o almíscar com tangerina do seu pescoço, estudei seu corpo com meu tato. Tirei minha roupa. Nua, vi sua mão acariciar meus seios. Senti você me descobrindo. Tocando uma mulher, pela primeira vez. Eu queria tanto você. Sentir você. Inspirei seu cheiro mais uma vez. Te beijei mais uma vez. Senti o compasso da sua respiração aumentar. Seu sexo pulsar sob a renda branca e o peso do meu corpo. Queria acariciar e arrancar com os dentes. Deslizei meus dedos entre as suas pernas. Você deixou. Me aproximei da sua boca. Queria ouvir você. Falar com você. Compartilhar com você o momento em que me molhava. Senti seu corpo se contorcer. Pedi passagem, devagar. Senti seus braços me segurarem forte. Meu rosto puxado contra o seu. Sussurrei de prazer, baixinho. Você me ouviu. Gemeu comigo. Pediu mais, sem dizer nada. Fui mais fundo, explorando-te por dentro. Te olhei nos olhos. Era você ali. Sorrimos. Beijei sua boca, desci com a minha. Procurei as curvas do seu corpo com meus lábios, senti todas elas com meus dentes, esquentei com a minha língua. Você estava tão linda. Tão entregue. Tão minha. Meu coração batia forte, o suor caía. Parei no seu quadril. Me demorei, deixei que ele guiasse meu rosto até onde estavam meus dedos. Beijei você onde havia pele, lentamente, sem pressa. Memorizei cada centímetro seu. E enfim senti minha boca esquentar, minha língua tocar o que de mais delicado havia em você. Que sentiu, inspirou forte, segurou meus cabelos. Te beijei com todo o amor do mundo. Não havia outro lugar onde eu quisesse estar. Interpretei seus movimentos, dancei com você. Senti seu tesão, me fundi com ele. Você pressionava seu corpo contra mim, pedia mais. Te dei. Mais. Mais. Mais. Te dei tudo. E você devolveu. Com sua voz baixinha, que explodiu. Naufraguei em sua represa devassada. Ébria do seu prazer. Que é o meu prazer. Até a calmaria silenciosa dos nossos corpos nus. Enfim tornados um.