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segunda-feira, 6 de abril de 2009

Peroração, Marina.

Se há uma coisa que finalmente aprendi, depois de longos e duros três anos e alguns meses, é que é preciso saber finalizar. Mais do que isso: fechar com classe. Fazer uso da famosa palavra usada nos cursinhos preparatórios ao vestibular: a "peroração".

Pois de nada vale você escrever e escrever, viver e viver e, de repente, tchau. "Mas qual foi o sentido disso tudo? Por que, criatura, você disse todas essas abobrinhas? Qual a moral da história?" É isso. O segredo da boa redação é fechá-la de forma eficaz. Que tem eficácia, que produz efeito, que efetua o que promete ou o que se espera (da sua virtude).

Finalmente aprendi, senhores. Que é bobagem você saber levar uma situação/escrever um texto sem mancadas/repetição de palavras, se doando/colocando suas emoções, renovando/trazendo informações, se quando dá a hora do vamos ver... você tem uma ejaculação precoce. Termina sem terminar, age sem ter realmente intenção. As pessoas estavam acompanhando seu raciocínio e, de repente, você surpreende com uma atitude óbvia, inexata.

Ah, libertação. Chegou a hora de colocar em prática essa maravilhosa dica (que me deram de uma forma um tanto indiferente e arrogante, eu diria, mas da qual, humildemente, fiz bom proveito). Por isso (e coloco aqui toda minha intenção de agradecimento àquele que me instruiu), finalizei há exatamente um mês e um dia o que alguns amigos chamavam de loucura, outros de ilusão, outros de comodismo, de felicidade, de ignorância, pesadelo, amor, amizade, obsessão, afinidade. Eternidade.

Terminei. E perorei. Porque saí tranquila e em paz... que foi como entrei. Senhores, demorou, mas eu finalmente aprendi a lição mais importante da vida real. E a partir de agora o objetivo é superior: transferi-la para os meus escritos.

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