Bem me quer, mal me quer? O que pensará?
Um mirim de silêncio pra três de desejo
E ver se achegando o nocivo será.
O peito do amante se assembra a um preá
Que rói as beiradas de fome e de medo
Selvagem, ciumoso, arisco a espreitar
Na noite, embrenhado, quem lhe dá receio.
Se busca imprudente um sinal do amante
É escravo perdido em tumultos e falhas
Afunda-se - tolo - em conceitos errantes
E brinda ao menor sinal de lealdade.
Atrás do que dói o que encontra pujante
É a sentença cruel de viver de migalhas.