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segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Aqui não há fatos

Eu lá vou me meter a escrever de fatos... Eu não! Eu vou escrever de emoções.
É muito mais fácil, e mais seguro.
Fatos, informações, análises, são demasiadamente passíveis de críticas. Deixo isso para o meu trabalho. Ou quem sabe um outro espaço, voltado apenas para essa sorte de escritos.
Aqui eu quero é espairecer... soltar os monstros da minha alma... deixá-los livres por alguns momentos, para que voltem mais calmos para casa.
Aqui eu quero é gritar... escrever sem medo o que me angustia e não me importar com o que pensarão os outros... Afinal de contas, aqui eu posso usar minhas amigas metáforas... dizer tudo o que eu quero, e sair sem explicar nada. E ainda correr o risco de algum leitor se identificar com toda a minha confusão.
Que maravilha... como é bom o egoísmo, não é? Aqui eu quero sentar toda vez que não tiver com quem conversar... por que cargas d´água eu escreveria sobre política, economia, religião... aqui? Num espaço tão egoísta?
Feche a porta, diz o título, ali em cima. Feche a porta, mas só depois de entrar. Aqui tem pouca gente, e tudo é silêncio. Feche a porta, se quiser, e escute essas lamentações. Ninguém quer que a gente lá fora absorva tudo isso. Feche a porta, pois. As coisas do coração devem ser compartilhadas do lado de dentro; elas não dizem respeito ao mundo exterior: o tal mundo "real", o tal furioso.
Eu lá vou me meter a falar de assuntos passíveis de correção... Eu não! Eu falo de sentimentos, porque sentimento dá direito. Não há convenções sobre o que se deve ou não sentir, ou pelo menos não houve papéis assinados... provas contra mim.
Não... aqui eu vou ser egoísta mesmo, me perdoem... vou optar pelo mais fácil. Aqui eu só quero é me sentir segura.

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