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segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

O que você faria se não tivesse MEDO?

Pularia de pára-quedas sem pára-quedas? Beijaria seu suposto "apenas bom amigo"? Contaria suas maiores loucuras para a sua mãe mega-religiosa? Mandaria seu chefe à merda? Mataria alguém? Transaria sem camisinha a vida inteira?

Há quem diga que não faria nada. Há quem defenda o medo. Enfim, ele é bom e é ruim, a intenção aqui não é discutir sobre sua importância para nossa sobrevivência ou boa convivência.

O que me interessa é a relação do medo com a afetividade. O medo nas situações pueris.

Qualquer um confessa que não teria coragem de cuturar uma cobra venenosa com o dedinho. É simples admitir que sair pelado na rua não é tarefa para qualquer um. Ninguém, contudo, gosta de dizer que não ligou para o fulano porque deu MEDO de levar um "não". É muito mais simples jogar a culpa na arrogância: "Deixa ele ficar mais ansioso..."

Medo de dizer "eu te amo" e não ouvi-lo de volta com a mesma sinceridade. Medo de olhar nos olhos, contar um segredo de Estado e a resposta ser uma bela de uma gargalhada. Medo de não ser aceito, de não ser como os outros querem que sejamos.

São esses os medos que mudam nossa vida, não o medo de se queimar nas lavas de um vulcão.

Quando questionamos as pessoas, "o que você faria se não tivesse medo?", nós as encorajamos. A impressão que dá é de que o receio fica menos significativo, e percebê-lo tolo impulsiona o outro para a superação do desafio.

Nem todos os medos são positivos, muitas vezes os que circundam nossa vida social são muito mais negativos que qualquer outra coisa. E muitos são fáceis de driblar: falta coragem.

O maior medo que deveríamos ter, contudo, é o de que a vida não vai esperar eternamente pela nossa ousadia.

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